terça-feira, 16 de setembro de 2014

O Mito da Bancada do Jornal Nacional


Havia dois cargos que ninguém abria mão de jeito algum: de papa e de apresentador do Jornal Nacional. Os tempos mudaram.

Em agosto, numa conversa com a imprensa, Francisco admitiu a chance de pedir pra sair num futuro próximo, repetindo gesto de Bento XVI. Patrícia Poeta durou apenas três anos na bancada do JN e já está livre, leve e solta para fazer comercial de linguiça.

Cargos que representavam poder, credibilidade e até devoção entraram em crise. Chama o psiquiatra, já previa o cineasta italiano Nanni Moretti.

Apresentar o Jornal Nacional tem sido, há muito tempo, o sonho de consumo-mor de tantos e tantos estudantes de jornalismo. E agora? Sim, agora chegou a difícil hora de explicar às futuras Fátimas e Poetas que vovó não saiu de férias. Vovó morreu.

Mas vislumbrar um novo mundo fora da caverna, ou melhor, fora da bancada do Jornal Nacional é libertador.

Logo, logo, ao perguntar a um jovem jornalista “o que você espera para seu futuro?”, ele não vai mais dizer “apresentar o Jornal Nacional”. Ele vai responder: “quando crescer, quero apresentar o meu próprio programa de entretenimento ou o meu próprio reality show”. E, claro, fazer comercial de linguiça. Putz, fodeu!


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